domingo, 8 de outubro de 2017

Muito obrigada Senhor Professor



(Igualmente publicada em Nota do Facebook, é a singela homenagem a quem é muito muito grande)

No próximo dia 14 cumprem-se 25 anos do meu início de funções na então Escola Superior de Enfermagem de Ponta Delgada e a minha mudança definitiva para São Miguel.
Então, o que hoje é um Departamento da Universidade dos Açores (UAc) era uma organização completamente autónoma e o contato com os docentes da universidade e mesmo com os órgãos de gestão era mínima.
O meu conhecimento do Professor Doutor Ermelindo Peixoto era apenas do que escutava. E sempre que se falava nele, pelo menos na minha perceção, era de alguém muito competente, exigente, mas distante. Havia algo de reverente mas também de temeroso.
Vi-o pela primeira vez, com a certeza de quem era, na arguição de uma tese de doutoramento. Fiquei fascinada. Há tempos que queria desenvolver a minha tese de doutoramento num determinado tema (há anos que sabia o que queria), pensei, ou melhor, senti “Encontrei o meu orientador!” O pormenor, a exigência, a cientificidade, a coragem da sua intervenção foi algo com que me identifiquei; tinha tudo a ver comigo, com as minhas necessidades da parte de um orientador (já tinha experiência suficiente com orientadores para saber o que queria e o que não queria neste fator que, para mim, é o mais importante no sucesso de um empreendimento desta natureza e vastidão).
Contudo, passaria algum tempo e foi o meu filho mais novo, na sua licenciatura em Psicologia, que foi aluno, antes de mim, do Professor Ermelindo Peixoto. O Diogo tinha um respeito muito profundo, bem como carinho e consideração por este professor que reconhecia como muito exigente mas extremamente humano. E tudo o que o meu filho estudava ou desenvolvia para as unidades curriculares do Professor Ermelindo, era com o maior empenho e motivação.
Chegou o momento de eu avançar mesmo como meu projeto de tese. Segui todos os procedimentos que me foram indicados mas eu queria aquele tema. E Aquele orientador. Temia que o tema não se enquadrasse nas suas áreas e não me aceitasse. Por isso li tudo o que tinha publicado e que estava disponível. E enquadrei os temas na problemática central do que seria a minha tese.
Na abordagem aos orientadores o primeiro encontro foi com a Professora Isabel Estrela Rego (eu queria uma investigação de natureza mista e imediatamente esta Professora com quem a comunicação foi, desde o primeiro momento, fluida e afável, se mostrou uma bússola numa orientação sem mácula, mantendo-me na rota conceptual e metodológica).
Finalmente, chegou o dia de bater à porta do gabinete do Professor Ermelindo Peixoto. Algo ansiosa porque temia que não aceitasse orientar-me, porque no meu imaginário era tão grande e distante que ía lá querer saber de mim! Bati literalmente à porta. Pontualíssimo, como sempre. Outra característica que eu privilegio imenso. Seria a primeira vez que lhe falaria pessoalmente. Quando aceitou orientar-me senti-o como uma das conquistas mais importantes da minha vida (hoje, entendo-o literalmente como uma bênção). Não sei quanto tempo demorou esta primeira reunião. Mas saí ainda mais motivada, o Professor mostrou entusiasmo pelo tema, enquadrou-o, lançou-me desafios. Vim embora com a certeza de que iniciara algo muito sério mas com um grande conforto cognitivo e emocional porque me fez sentir sempre bem, aumentou, como já referi, a minha motivação, e também, a minha auto estima e a minha perceção de autoeficácia.
Em cada reunião eu saía mais forte. Era desafiada do ponto de vista cognitivo, conceptual, até de cultura geral. Como alguém muito bem disse na sua homenagem de anteontem, o Professor Ermelindo sabe de tudo, a sua cultura é vastíssima, domina diversas áreas do saber (Direito, Filosofia, Psicologia, História e, acrescento eu, escreve muitíssimo bem, sendo igualmente muito exigente neste particular) e para mim era um desafio constante, no melhor dos sentidos. Eu fazia perguntas e saía com respostas e ainda mais perguntas, o que é característico do magistério de um Grande Professor. Aprendi imenso! Porque o Professor Ermelindo Peixoto sabe, magistralmente, conduzir o nosso percurso de modo que seja um caminho de compromisso, responsabilidade, de formação, autoformação e construção – com ele o que vem nos manuais materializa-se: o estudante é o responsável pela sua aprendizagem. E ele está lá, sempre, para nos amparar, desafiar e empurrar para a frente no que é o nosso caminho epistemológico.
Era tão recompensador enviar o que era produzido e recebê-lo, receber o seu feedback em tempo tão imediato. Nunca soube o que era a angústia da espera e do incógnito (o que é muito desmotivador e eu já experimentara noutras formações). Do Professor Ermelindo Peixoto tive sempre o respeito e a consideração de me responder, de trabalhar ao meu lado e de exigir muito de mim. O meu orientador estava a ser tudo o que eu esperava e a superar em muito as minhas expectativas. Tantas vezes pensei que queria ser uma professora assim!...
Quando eu saía das reuniões (agendadas e cumpridas com pontualidade e zelo), tinha os pés fora do chão e recomeçava com todo o entusiasmo a produção científica. A investigação cada vez me fascinava mais e os meus orientadores, aqui nesta nota, muito particularmente o Professor Ermelindo Peixoto, alimentavam continuamente o enorme prazer do meu percurso heurístico.
Sempre recordarei o que sucedia: o Professor Ermelindo, sempre afável, sempre cavalheiro, nas correções “corta a direito”. Então, confesso (e já lho contei pessoalmente), quando recebia as suas correções, ficava algo ansiosa com o que leria (havia muito reforço positivo, claro, a crítica sempre construtiva, mas alguns “puxões de orelhas”). Lembro-me de uma correção em que escreveu “Não acredito que a Ana Paula escreveu isto!!!” e eu li e também não acreditei – estava tão mal escrito que nem eu mesma compreendia o que escrevera. Que vergonha!!! E pensei imediatamente: “Paula, isto é o que os teus estudantes devem sentir”, porque eu sou muito assim nas correções. Só espero que eles possam aprender comigo 10% do que aprendi com o meu orientador. Dar-me-ia por muito feliz.
Em momentos da vida pessoal muito complicados que quase interromperam o meu doutoramento, o Professor Ermelindo também esteve à altura. Com a sua humanidade e o seu humanismo, ajudou-me a compreender que “as prioridades eram muito claras”. E quando voltei, continuou ao meu lado. Sempre.
Em quatro anos tudo terminou e uma das penas que tive foi interromper o trabalho tão intenso e tão bem acompanhado.
Desde o términus da tese, teve a grande amabilidade de me honrar com o prefácio do meu livro e de o apresentar. Em todas as oportunidades, continua a fazer-me sentir bem, uma pessoa única e foi-se tornando, por tudo isto, uma das pessoas a quem atribuo mais valor e uma das mais marcantes na minha vida.
A ele já me referi noutra nota sobre ídolos. Porque não sou pessoa de ter ídolos. Mas sim de admirar muito alguém e ter o imenso privilégio de ter na minha vida modelos extraordinários. O Professor Ermelindo Peixoto é um deles.
Admiro-lhe as qualidades científicas, éticas, deontológicas, epistémicas, mas também as pessoais: a afabilidade, a gentileza, o cavalheirismo, a educação e a cultura, entre tantas outras. E a humildade. Esta característica que marca e demarca os génios. Porque sem sombra de dúvida, o Professor Ermelindo é um Génio. Detém vários tipos de inteligência descritos por Howard Gardner. Todas as instituições seriam muito melhores se tivessem mais pessoas assim nos seus quadros.
Este ano, no mês de agosto, reparei no seu aniversário. Gosto imenso de astrologia, sempre gostei e faz-me muito sentido. E quando reparei qual o seu signo, enquadrei em algumas palavras chave o que penso dele. Tomei consciência de que via no Professor Ermelindo uma figura também paternal – sim, ele tem muitas das características profissionais (cada um na sua área claro!) e pessoais do meu pai, que era do mesmo signo solar.
Por tudo isto quando fui convidada para a festa em sua homenagem pensei que independentemente de tudo, custasse o que custasse e fosse como fosse, eu teria que ir. Se não fosse a esta homenagem não iria a mais nenhuma. Não gosto daqueles almoços ou jantares por obrigação - quem me conhece sabe que é assim, sejam quais os motivos. Esta homenagem fazia-me todo o sentido e identificava-me completamente com a essência com que foi planeada. Ninguém na UAc merece algo assim; se não fosse a esta não iria a mais nenhuma.
Felizmente uma grande amiga, também admiradora do Professor Ermelindo Peixoto decidiu ir também o que me foi muito agradável porque a minha timidez natural (não se riam, sou extrovertida mas sou tímida) fazia-me ter muita dificuldade em ir sozinha. Um problema resolvido. Fossem quais fossem os outros, só uma força muito grande me teria impedido.
E foi tudo muito, muito mais do que eu esperava. Parabéns e um grande bem-haja a quem orientou, destacando aqui outra pessoa muitíssimo elevada na minha consideração: A minha querida terapeuta, amiga, colega, Célia Carvalho.
Fomos dos primeiros a chegar (eu e a Suzana, duas pessoas para quem a pontualidade é sagrada). Descobri imediatamente, pela música de fundo, que os ABBA são dos cantores preferidos do Professor Ermelindo. Também os Bee Gees. Somos ambos filhos únicos. E quando eu for grande, quero ser uma professora e uma pessoa com as suas características!
Mas o que me maravilhou foi ver como teve a amabilidade de cumprimentar cada uma das muitas dezenas (talvez mais de uma centena) de pessoas. Indo além disto: com uma palavra amável, focando os interesses, as qualidades “daquela” pessoa. Isto diz muito do carácter de uma pessoa! Depois, descobri que tem uma faceta de entertainer que eu não conhecia (afinal, nunca estive sequer numa sala de aula sua): é que conta história, leva-nos por ali fora e eu estaria ainda a ouvi-lo falar, a escutar os seus trocadilhos de fino e inteligente humor.
Quando apresentou a sua família reparei em algo que comentei com a Suzana: a linguagem não verbal (reparo tanto ou mais nela do que na verbal, sempre fui assim – eu não escuto as coisas; eu sinto-as) do seu filho. Os gestos da sua mão no ombro do pai. Não é apenas um Grande Professor, um Grande Colega e uma Grande Pessoa – certamente é um Grande Pai.
Toda a homenagem foi cheia de emoções e palavras que lhe são devidas, que lhe são merecidas. Eu segundo, corroboro e subscrevo a proposta do Professor Machado Pires, antigo Reitor da UAc: que se atribua o título de Professor Emérito ao Professor Ermelindo Peixoto. Nada do que ali foi dito, fosse por quem fosse, foi metáfora ou hipérbole: é verdade; é merecidíssimo. Ao longo a noite, muitas vezes me ri, muitas vezes chorei. E aplaudi, e me levantei para homenagear quem tanto merece. Foi uma noite cheia de calor humano, abrangendo funcionários, estudantes, colegas, reitores. Que bom que existem pessoas assim, que geram estes encontros, estes momentos. Que movem e fazem mover as pessoas independentemente de tudo. Que nos levam por caminhos de descoberta constantes.
O Professor Ermelindo Peixoto pode aposentar-se mas sei que não o deixarei, a UAc não o deixará.
E eu, a quem a palavra e a situação de aposentadoria criam calafrios de horror, quase tive vontade de chegar a minha vez. Só para ver se tenho uma festa tão linda.
Obrigada Senhor Professor! Muito obrigada!

Ponta Delgada, 10 de setembro de 2017

Miami, el 4 de junio de 2017 – Una noche memorable

(Ainda una Nota publicada no Facebook; outro momento crucial neste meu percurso que se chama "vida")




Asistimos a un espectáculo no de superior sino de excelente calidad. De un artista más que consagrado; un genio de la música mundial que allí estuvo para ofrecer su obra magnífica en una noche de magia, entrega, emoción e intimidad. ¡Sí, intimidad para la multitud presente! Lo que sólo puede ser logrado por alguien con una fibra artística y humana que se llame Camilo Blanes Cortés.
Obrigada por "quererme" e honrar como muito pouca gente o fez na minha vida
En la cuenta atrás sube la emoción y la anticipación de lo que sucederá desde el primer segundo en que su presencia, imponente, se hace sentir. Camilo sigue llenando el escenario y la vida de sus fans, en general, y de quien lo ama, en particular, de un modo impar. No creo que otro artista tenga este efecto, este carisma, este "ángel".
Comenzó "Con el viento a tu favor". Y, de hecho, el viento, el aire, el clima, todo estaba a favor de quien asistía a un momento que lleva a sentir "esto hoy aún va a ser más serio". Es decir, mejor, en una gira que está siendo excelente.
"Yo soy asi" y tenemos una interpretación intimista que nos dice "este soy yo", "lo que aquí se va a pasar es como yo soy", de quien está allí para su público, que lo ama y es amado por él Que le quiere, a él, Camilo, precisamente porque es así. En la letra de la canción y en la alegría con que la interpreta, apreciamos la sensibilidad del ser humano que es su autor. Y de los sentimientos que vive allí en ese momento y nos hace vivir también: "Qué pasará si nuestra vida no cambia todo será igual que una estrella sin luz. Por eso canto a la lluvia al mar y al sol sigo esperándote mi amor." Camilo profesa estas palabras con un brillo interior de una estrella súper luminosa. ¡Nuestra estrella!

En una comunicación abierta y calurosa que es muy suya, y en un proceso interactivo de dialéctica entre cantante / intérprete / autor, músicos y asistencia, que serán constantes en la noche, se propone cantar lo que le pidan. Aquí un paréntesis de una palabra muy especial para los magníficos profesionales que lo acompañan; Tan sólo con un gesto de mano o dedo de Camilo, saben qué hacer. La sintonía es total. Al final se verá que todos están felices por lo ocurrido, verbalizan que fue magnífico, lo mejor de todos los conciertos. Brillan ojos de satisfacción por trabajar con Camilo, manifestación de otra faceta de las múltiples que posee y que dice mucho del carácter y de la personalidad de una persona, la forma en que maneja a sus colaboradores. También, la del gran Maestro que es.
Uma rosa com MUITO significado!
En "Llueve sobre mojado" está a un ritmo propio de la canción pero más alegre de lo habitual en los últimos años, con vocalizaciones que marcan su sensualidad y hacen que todos los miles en las sillas sepan que están "más enamorados".
"Mientras tú me sigas necesitando" lleva al sentimiento profundo de que nuestros oídos no escucharán más que su voz porque lo adoramos. Nos llena tanto que no es necesario nadie más. Y para nosotros, nadie se lo compara. Contra ventos, mareas, con todo lo que podemos, es a él que amamos. En pensamiento somos inequívocos: y ojalá nos necesite tanto como nosotros, porque tememos no volver a tenerlo. Aunque entendemos que no es un jovencito y tiene el derecho del descanso más que merecido (después de todo la gente lucha y se deslumbra para llegar a los 66 años y jubilarse, pero eso es otro asunto que no de esta nota ... cuando se retira un artista?), Queremos que, al menos de vez en cuando (eventualmente no en giras tan desgastantes - aunque esta nos lleve a constatar que Camilo está más fresco que en muchos años), vuelva a sus fans para este intercambio de afecto.
Comienza "Mi mundo tú", en una interpretación intimista y sensual. Rápidamente la asistencia le dice que nuestras vidas y nuestros mundos se encuentran interconectados. Mientras apunta a quien le adora cantando "Mi mundo tú", los brazos y dedos de este lado van en su dirección declarándole lo mismo. Porque por muchas razones, por diferentes sentimientos, es nuestro mundo, es nuestro ídolo que está allí.
"Dónde estés, con quien estés" trae Camilo en vocalizaciones que hacen estremecerse y producen escalofríos. De forma más o menos evidente, el triángulo de amor que vive en cada uno de nosotros se manifiesta. Y buscamos su mirada, la mirada que amamos con profunda intensidad.
"Mienteme" se deriva en su ritmo de tonalidades arábicas, con alegría y picardía por su parte. Sólo Camilo para decirnos las siguientes palabras (sabias) y adoramos: “Es mejor no decir nada si no hay nada que decir la verdad no es necesaria si se trata de vivir/(…) Hace tiempo que ocultamos cada uno su otro yo hace tiempo que fingimos por no hablar cuando hacemos el amor La mentira nos ha unido y la aceptamos los dos cualquier cosa es importante antes que decirse adiós.” La voluntad de bailar y de expresar corporalmente es intensa. Camilo también lo hace. Su hermoso rostro está expresamente aún más bello en todo el concierto. Se encuentra radiante y eso transmite transversalmente en los muchos y simultáneamente pocos minutos que duró el concierto. Sus manos, muy expresivas, hablan y acompañan sus palabras. De ponernos piel de gallina. Pero a lo largo de la noche Camilo va a llegar y introducirnos escalofríos en el alma.
"Si tú te vas", llena de sentimiento y emoción, lleva a las lágrimas a quién sabe (y quién no sabe?) lo que es una pérdida y que aún no ha aprendido a vivir sin ti, o que ya has aprendido pero sabe que hay un dolor que nunca desaparecerá. Y para algunos, envasados en la intimidad y en el momento mágico de un concierto que fue hecho para todos y, al mismo tiempo, para cada uno de los presentes, está el deseo: Camilo no te vayas, porque por más que ya nos hayas dicho, no sabemos vivir sin ti.
Nuevamente es la alegría que marca, esta vez al ritmo de "Has nacido libre". La alegría, la luminosidad y el diálogo con la asistencia, todos cantando a plenos pulmones "Tú tienes mi amor, si amarte es pecado quiero ser pecador." Desde un punto de vista puramente personal me viene el sentimiento y la exultación de que no sólo estoy escuchando un DVD o ver un vídeo. Tan poco a hacer un montaje. Estoy viviendo un momento histórico, un concierto memorable de la única persona a la que seré capaz de entregar mi amor. Sin pecado o cualquier tipo de culpa.
Se sigue uno de sus grandes clásicos, con letra y música tan sofisticada y simultáneamente tan simple que retrata los sueños y las vivencias universales de todos nosotros: "Tarde o temprano". De ella he sacado uno de los pensamientos de entrada de mi tesis de doctorado y de mi último libro. Yo, que en toda mi vida profesional busco y exijo excelencia quise que Camilo Blanes Cortés estuviera presente con lo que es también para mí: inspiración y aliento. Por eso cambié de editor para la publicación del libro - quería que quedara sólo un pensamiento de entrada (tengo dos, un profesional y otro más personal). Volviendo a la canción y al concierto, éste es uno de los momentos de mayor participación del público. Es que tenemos ante nosotros un artista impactante. De la primera a la última palabra; de la primera a la última nota musical. Que Camilo acaba con la maestría y la sabiduría de adaptar al tiempo y al contexto.
"Mi bueno amor" trae otro momento de ligereza e interacción. Todos sabemos que "por alguien como tú vale la pena vivir". Para muchos, vale la pena ir tan lejos, arriesgarse lo que sea, cometer una locura. Esperamos meses, años, algunos, una vida, por eso. Detrás, dos jóvenes con poco más de 20 años gritan casi enloquecidas cuando el Genio comienza una canción y cantan en su totalidad todo el repertorio. Hay personas aún más jóvenes; La más vieja no sé qué edad tendrá pero con más de 80 años, muchas. Y este es otro fenómeno: Camilo atraviesa todas las generaciones. También hay pequeños como puede ser testigo por quien ha asistido a sus manifestaciones.
"Enamorate de mí" hace regresar el Camilo pícaro y provocador. Desafiador. ¡Como si tuviera que pedir para enamorarnos de él! Allí todos lo estamos!!! Su inteligencia lo llevó también a saber esto: que enloquecía a mujeres (y, por qué no, a hombres?), que por él se enamoraron. Y, esencialmente, tuvo la inteligencia y el buen sentido de no arrastrar a una persona que tuviera que compartir emocional y físicamente con millones (es muy fuerte!).
En "Terciopelo y piedra" sus manos hablan inmenso. En las otras canciones también, pero en esta me llaman más la atención. Después de todo, esto es "mi" análisis vivencial. Tal vez porque para mí es una canción emblemática de mi personalidad. Creo que de la de Camilo también pero él es emocionalmente más inteligente que yo ... Y la termina con un juego de palabras "terciopelo" y "piedra" que lamentablemente no he registrado porque él es genial como comunicador, con una gran rapidez de raciocinio, generando juegos de palabras deliciosos con uno de los cuales entra en "Amor Amar" que canta a capella. Siendo de las pocas canciones de que no es autor integral de la música y de la letra, se le asienta completamente. Y su interpretación, solo, sin instrumentos, sin red, es simplemente magistral.
Se sigue un momento muy emocionante con una introducción hermosa de quién fue (y es!) el hijo que toda la madre quisiera tener y una de sus facetas que más admiro. "Madre". No hay palabras para describir. Sólo la intimidad de su entrega y que toca en todos y cada uno de nosotros. En la reverencia ante las fotos de su amantísima madre que pasan en la pantalla gigante, sólo escuchamos. Y agradecemos de todo corazón que haya dado a la luz a este ser humano. Sólo muchas lágrimas acompañan la interpretación sentida, emocionada, donde aún así la voz mantuvo toda la dignidad. ¡Gran Camilo!
Termina y pasa rápidamente al ritmo que nos lanza hacia otro extremo: el del vértigo tropical de "Samba". El deseo de bailar es inmenso pero el público es impedido de levantarse para no tapar quien prefiere estar sentado (está bien). Es la única mancha negra de esta noche principalmente porque es rudamente ordenado por un elemento de seguridad (está malo). Un toque amargo en medio de tanta dulzura que desgraciadamente retrata la hermosa ciudad de Miami. Camilo alienta al público a bailar y sale al intervalo. Viene el director musical, con su violín, interpretar angelicalmente "Te Amo". Un escalofrío nos atraviesa la columna vertebral envasados en un ensueño de una noche maravillosa. El sentimiento mixto de anhelo "va a volver", "todavía falta otro tanto”, y de pena, porque ya pasó la mitad y nadie quiere que termine.
Y Camilo regresa. Como siempre, cambió de ropa. Elegante, hermoso, maravilloso, oloroso (yo garantizo que el olor de su perfume llega a la platea). Como siempre, al moverse, al desnudar la chaqueta, hace que las y los presentes suspiren.
"Melina" introduce la segunda parte con todos a cantar una de sus canciones más populares, incluyendo en Portugal.
Enseguida "Fresa Salvaje", donde Camilo hace, sin alardes que no serían adecuados a su edad (ya he señalado que la clase y la dignidad son sus marcas constantes?), un retorno a vocalizaciones sensuales (otrora exuberantes, hoy discretas y con un cierto humor) que comprueban que la sensualidad no tiene edad. Hace mucho que no las escuchaba de este modo; hace algún tiempo dejé de preguntar si en la intimidad también sería así (que dispare la primera piedra quien nunca pensó lo mismo).
Regresan las canciones intensas desde el punto de vista emocional. Con el vértigo de "Amor mío, ¿qué me has hecho?" La entrega de Camilo, total, lleva al delirio. Todos en unísono sabemos que algo sucedió, cada uno sabe precisamente lo que sucedió y que nunca volveremos a ser los mismos.
"Jamás" es, al mismo tiempo, emocionalmente intensa y alegre. Camilo nos hace creer firmemente que "yo digo con orgullo tuyo nada mal". Es el Maestro no sólo de los músicos, del coro, del escenario. Es el Maestro de toda la asistencia, 6000 o 30000, presentes (¡lo que es impar, sólo viviendo porque imaginarse es imposible!) o en casa siguiendo en directo, lo que sucedió en su página oficial. Sólo alguien muy, muy grande lo logra. Aquí ese alguien se llama Camilo Blanes Cortés. Felices los que lo conocen como artista; Bendecidos los que lo conocen como persona.
Finalmente, todos se levantan. Nadie puede quedarse sentado. ¿Qué canción es? ¿Qué canción es? Esa misma, "¿Quieres ser mi amante?"
Y también aquí, discretamente, sin la exuberancia de otrora que debe haber llevado a la locura (¿habrá historia de ataques cardíacos? Desmayos, sin duda) pregunta "¿Quieres?" Juro que no escuché la respuesta. En mi adolescencia no sabía lo que significaba la palabra. Hoy sé firmemente que no quiero ser tu amante. Ni de nadie. Me encanta la canción. Como todos allí. Con ella te conocí. En ella siento cada vibración del inicio de mi juventud. Entonces, 40 años después, tenerte delante al oírla es estar cumpliendo uno de los mayores anhelos de una vida. Pero pienso con firmeza "no, yo quiero ser tu amiga."
En una hermosa introducción a la canción siguiente (que yo tampoco he registrado adecuadamente, fui a sacar sólo algunas notas), se manifiesta aquella que para mí es el más hermoso himno de amor: "El amor de mi vida". El público acompaña cantando la interpretación impar. Una pareja apasionada se olvidó un poco de donde está. Son bendecidos. Por mí, pongo los ojos en el suelo; Es demasiado - esta que fue la canción de lo que yo pensaba que era el amor de mi vida. Y lloro para lavar el alma.
Como si Camilo me leyera por dentro (como tantas veces lo ha hecho), trae entonces la alegría desafiante y expresiva en su voz, cuerpo y manos - "Qué más te da". Me invade de placer la alegría que transmite (más que ésta, para mí, sólo Mola Mazo ") y rápidamente me pasa la tristeza. Mirando hacia las más bellas manos que conozco, ahí está: "Qué más te da? ¿Qué más te da? ¿Qué más te da? "
El final está llegando. Una vez más el tiempo no se congeló. Voló. Es implacable. Y llega "Algo de mí". Camilo nos ha dicho que todo (y todo aquí es su carrera apoteótica) comenzó con ella. Hoy sabemos que ha dado todo de sí y que cuando la canta el fin está cerca. Y en una ola gigantesca de querer agarrar el momento, el espacio y la persona, todos la cantan. No puedo dejar de llorar de nuevo. De gratitud por una vez más tener tanto. De alegría por eso mismo. De nostalgia anticipada. Y por no querer que se vaya, que se retire. Inmensas veces esta canción me hizo llorar con intensidad al ver el video "Todo de Mí". Mi parte de fan pide que se quede; mi parte de persona y de amiga respeta y dice: "Haz lo que sea mejor para ti, mi querido. Yo estaré aquí, no importa la decisión que tomes.”
"Vivir asi es morir de amor", uno de sus himnos para jóvenes de todas las edades, retoma la alegría que sentimos. El entusiasmo con que dice cosas dolorosas de una manera alegre es otro don del Genio. Todos cantan, todos bailan. Camilo está tan alto, tan alto, que todo es invisible a su alrededor.
Otro momento fortísimo despunta con una de sus creaciones más paradigmáticas: "Perdoname". Es como una pina, esta canción; la letra y la música encajan de forma tan perfecta que no sería posible que una existiera sin la otra. Es, pues, una obra maestra. Las alternancias armoniosas entre la parte instrumental y la vocal coronan la excelencia. ¡Gran Camilo! ¡Gran Banda! ¡Gran Maestro!
Se sigue "El Rey". Que no es de su autoría pero que, con certeza es entendida por mucha gente como lo que se le atiene intrínsecamente. Todos tenemos una certeza: seguirá siendo el Rey. Si su decisión es no volver a los escenarios, seguirá siendo el Rey. Su obra está ahí; es inmortal. Camilo nunca olvidará a su público porque lo ama, lo respeta como pocos o ningunos artistas lo hicieron. Su público lo idolatra. Sus fans son innumerables en todo el mundo.
Y para mí, en una pequeña esperanza de que tal vez la puerta no se encierra definitivamente vuelve a "Algo de mí". ¿O es el eterno retorno? Camilo es suficientemente culto, inteligente y enigmático para dejar la interrogación en el aire.
Se despide con su fuerza, su carisma, su ángel. Se va del escenario en una noche de pura magia. El adjetivo de otro modo es correr el riesgo de estropear el intocable.
La Banda continúa y también se despide.
El público grita por Camilo pero él cumplió su parte y está ya muy lejos.
Hasta Nueva York.
Salió en grande. Más que nunca en los últimos años. Si decide no volver la cortina se encerró en un momento tan alto que sólo agudizará la nostalgia y el vacío que dejará.
Que se haga tu voluntad.
También aquí eres nuestro Maestro.

Sobre el Atlántico, 6 de junio de 2017



Adoro-te!


Com quem falaria???


En escenário, el Grande Camilo Blanes Cortés (Camilo Sesto) Em Palco, o Grande Camilo Blanes Cortés (Camilo Sesto) On Stage, the Great Camilo Blanes Cortés (Camilo Sesto)



(Outra entrada, como expliquei, de um acontecimento muito importante para mim. De um pedaço fundamental da minha vida)

A diferencia de la costumbre, voy a comenzar en español – u intertarlo - por honor y tributo a Camilo Blanes Cortés. Con mi más sinceras disculpas a Camilo y a todos hispanohablantes por los errores y fallos que mi simple texto contiene.
Ao contrário do habitual, começarei em espanhol – ou numa aproximação – por honra e tributo a Camilo Blanes Cortés. Com o meu mais sincero pedido de desculpa a ele e a todos os que comungam o seu idioma pelos erros e faltas que o meu simples texto pode conter.



Español
El 13 de mayo, comienza la gira "Camilo 70'. Comenzará en Santiago de Chile y terminará en New York el 11 de junio. Será en varias ciudades, em recintos distintos que estarán llenos de alegría, ilusión, delirio e emociones de ver en el escenario uno de los más grandes artistas del género que han existido (como intérprete, porque como compositor y poeta yo ni siquiera logro pensar en otro con la misma talla) y, sin duda, el más grande que España ha regalado al mundo.
Tiene más de 600 canciones registradas. Basicamente todas las que canta, tienen letra y música suyas, es su autor, y ha escrito y compuesto para muchos artistas de varios países. Reconocido por su excelente interpretación de "Jesus Cristo Superstar" es también impactante el sublime de su interpretación en en "El Fantasma de la Opera", de que grabó temas para su álbum “Alma”.
Se contabilizan la venta de millones de discos y tuvo 52 canciones número uno en varios rakings internacionales. Su proyección fue de Argentina a los EE.UU. desde España a México, pasando por países adonde sigue siendo mente idolatrado como Chile, Brasil, Perú, e incluso Portugal (la adhesión de nuestro país no fue masiva por razones que ya he explicado, pero sus aficionados tienen los mismos sentimientos y las mismas emociones que cualquier Camilista en el mundo).
En esta gira, nosotros, sus fans, nos preguntamos qué nos va a brindar en escenário. Yo creo que se centrará en el último disco que comparte el mismo nombre que la gira, "Camilo 70'. Como comienza el día de la madre (en América), no me sorprende que incluía "Madre". Me gustaría "Mi ángel azul", pero no es parte de esto disco y es que lo deseo por razones muy minas y muy personales, y es una canción que me encanta y que, sin embargo, encanta a todos sus fans. Oh, sí, y como me gustaría escucharlo y verlo declamar "Quererte a ti", como en “Camilo 70”. Precioso!
Sea cual sea su elección, estoy segura de que Camilo estará en el escenario como siempre, con su talento, su entrega, su sensibilidad y su genio.
De hecho, Camilo podría quedarse cómodamente en casa a la sombra de los muchos laureles que obtuvo en su vida. Pero no lo hace. Debido a que todavía quiere estar con su público. Sigue amando y respetando a sus seguidores, a sus fans, a su público, como siempre lo ha hecho. Los fans de corazón, que merecen este maestro de maestros, saben que va a estar en el escenario quien presentará una parte (muy pequeña) de su arte, obra y trabajo (que es enorme).
Veremos en escenario un ser humano maravilloso y un artista que no tiene nada que demonstrar a nadie, ya que es más que consagrado. Es uno de los monstruos eternos de la música. Estará en el escenario porque nos quiere, nos respetar y, como siempre, porque "Todo Lo que soy todo te lo doy." ¿Qué más podemos pedir?
Un artista como Camilo existe una vez en un siglo (y hay que buscar mucho!). Y un ser humano como él, aún es menos común. Por lo tanto, verlo en el escenario es un gran privilegio que no es fácil de describir. Creo que sólo llegamos a sentir. Como por lo general valoramos más lo que no tenemos, quien nunca tuvo esa oportunidad puede sentir con más fuerza lo que significa estar allí, lo que es este compartir con Camilo. Esperé 38 años para esto. 40 años después, todavía siento que los minutos vuelan. Yo quisiera congelar el tiempo, que no pasase, que nos quedásemos allí mucho, mucho tiempo. Por lo tanto, creo firmemente que debemos disfrutar de cada segundo y sentir Camilo en cada gesto suyo y cada palabra suya. Con la creencia de que "mis oidos en escucharán Más Que Tu voz".
En el escenario o donde sea.


Português
No dia 13 de maio, inicia-se a tournée “Camilo 70”. Começará em Santiago do Chile e terminará em Nova Iorque a 11 de junho. Serão várias as cidades, serão diversos os recintos que se encherão de alegria, de ilusão, de delírio e de emoções ao ver em palco um dos maiores artistas do género que alguma vez existiu (como intérprete, porque como compositor e poeta não consigo sequer pensar em que o iguale) e, sem dúvida, o mais elevado que Espanha deu ao mundo.
Tem mais de 600 canções registadas, são dele basicamente todas as canções que canta, tanto a letra como a música, além de ter escrito e composto para muitos artistas de vários países. Reconhecido pela excelência da sua interpretação de “Jesus Cristo Superstar”, é também de assinalar a sua mestria e sublimidade em “O Fantasma da Ópera” do qual gravou temas no seu álbum Alma e que se encontra também abundantemente no Youtube, por exemplo.
De Camilo sabe-se também que vendeu milhões de discos e que teve 52 canções número 1 em vários Rakings internacionais. A sua projeção foi da Argentina aos EUA, de Espanha ao México, passando por países onde continua a ser literalmente idolatrado como Chile, Brasil, Perú, e mesmo Portugal (no nosso país a adesão não foi maciça por razões que já tenho exposto, mas os seus fãs têm o mesmo sentimento e a mesma emoção Camilista que em qualquer parte do mundo).
Nesta tournée, nós, seus fãs, perguntamo-nos o que nos brindará. Por mim, penso que incidirá no último álbum que comunga do mesmo nome da tournée “Camilo 70”. Como começa no dia da mãe (no continente americano), não me admiraria que incluísse “Madre”. Eu gostaria de “Mi Ángel Azul”, mas não faz parte do álbum e de facto é um desejo muito meu por motivos muito pessoais, além de ser uma canção que adoro. Ah, sim, e gostaria imenso de o ouvir declamar “Quererte a ti” tal como está neste disco. Adorável!
Sejam quais forem as suas escolhas, tenho a certeza de que Camilo estará em palco como sempre, com o seu talento, a sua entrega, a sua sensibilidade e a sua genialidade.
De facto, poderia encostar-se comodamente em casa à sombra dos muitos louros que granjeou na sua vida. Mas não o faz. Porque continua a querer estar com o seu público. Continua a amar e a respeitar os seus fãs como sempre o fez. Esses fãs de coração, que merecem este Maestro dos Maestros, sabem que estará em palco quem apresentará parte (uma parte muito pequena) da sua obra (que é imensa).
Teremos em palco um ser humano maravilhoso e um artista que não tem nada a provara a ninguém porque é mais do que consagrado. É um dos monstros eternos da música. Estará em palco porque nos quer, nos respeita e, como sempre, porque “todo lo que soy todo te lo doy”. Que mais podemos nós querer?
Um artista assim existe uma vez num século (e olha lá!) e um ser humano assim, ainda é mais raro. Portanto, vê-lo em palco é um privilégio tão grandioso que não é fácil descrever. Penso que só conseguimos sentir. Como geralmente valorizamos mais o que não temos, quem nunca teve essa oportunidade pode sentir ainda de modo mais forte o que significa estar ali, o que é esta partilha com Camilo. Eu esperei 38 anos por isso. 40 anos depois continuo a sentir que os minutos passarão a correr. Só queria congelar o tempo, que não passasse, que ficássemos ali muito e muito tempo. Por isso, creio firmemente que há que desfrutar cada segundo e a sentir Camilo em cada gesto e em cada palavra. Com a convicção de que “mis oídos no escucharán más que tu voz”. Em palco ou onde quer que seja.

English
On May 13th, "Camilo 70" tour begins. It will start in Santiago de Chile and end in New York on June 11th. There will be several cities, there will be several venues that will be filled with joy, ilusion, delirium and emotions when we’ll have the opportunity to see on stage one of the greatest artists of the genre that ever existed (as an interpreter, because as a composer and poet I cannot even think in any other who equals him) and undoubtedly the highest that Spain has given the world.
He has more than 600 songs registered, and almost all songs he sings, both lyrics and music are of his authorship. Camilo Blanes [Cortés] has wrote and composed for many artists from various countries. Recognized for the excellence of his interpretation of "Jesus Christ Superstar", it is also a paradigm of his mastery and sublimity the interpretation in "The Phantom of the Opera" from which he recorded themes on his album Alma.
It is also known that Camilo have sold millions of records and had 52 number 1 songs in several international Rakings. His projection goes from Argentina to the USA, from Spain to Mexico, passing through countries where he goes on being literally idolized like Chile, Brazil, Peru, and even Portugal (in our country the adhesion was not massive for reasons that I have already exposed, but his fans have the same feelings and the same Camilista emotion as anywhere in the world).
On this tour, we, his fans, ask ourselves what he’ll present us. For me, I think it will focus on the last album that shares the same name of the tour "Camilo 70". As it starts on Mother's Day (in the American Continent), I would not be surprised "Mother" would be included. I would like "Mi Ángel Azul", but it is not part of the album and in fact it is a desire of mine for very personal reasons, besides being a song that I love. Oh yes, and I would love to hear he declaim "Quererte a ti" just as on this record. Lovely!
Whatever will be his choices, I am sure that Camilo will be on stage as always, with his talent, his dedication, his sensitivity and his genius.
In fact, he could comfortably lean back at home in the shadow of the many laurels he earned in his life. But he does not. Because he still wants to be with his audience. He continues to love and respect his fans as he always has. These heartily fans, who deserve this Master of Maestros, know that on stage will someone who will present part (a very small part) of his art and work (which is immense).
We will have on stage a wonderful human being and an artist who has nothing to prove to anyone because it is more than consecrated. It is one of the eternal monsters of music. He will be on stage because he loves us, respects us and, as always, because "todo lo que soy todo te lo doy". What more can we desire?
Such an artist exists once in a century (and we might need to search a lot!). And such a human being is still rarer. So seeing him on stage is such a great privilege that it is not easy to describe. I think we can only feel it. As we generally value more what we do not have, whoever has never had this opportunity can feel even more strongly what it means to be there, what it is like to share such an experience with Camilo. I waited 38 years for this. 40 years later I still feel the minutes will fly away. I just want to freeze time, let it not happen, let us stay there a long, long time. That is why I firmly believe, that we must enjoy each second and feel Camilo in every gesture and every word.
With the conviction that "Mis oídos no escucharán más que tu voz". On stage or wherever.

Ana Paula Sousa Santos
Açores, 8 de maio de 2017